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quinta-feira, 17 de outubro de 2013
CONTO:O Hotel
Sentado na confortável poltrona daquele quarto de hotel, Eduardo esperava. Tinha chegado à Capital
na noite anterior, à serviço de sua Empresa. Tivera um dia de trabalho
estafante, mas bastante produtivo, animado pelo entusiasmo do encontro
que teria à noite. Conhecera Marco Antônio por mero acaso, num “chat” da
Internet. Após teclarem durante alguns minutos, sentiram forte
afinidade um pelo outro. Daí para uma troca intensa de e-mails, foi um
passo, de tal forma que em pouco tempo, consideravam-se velhos amigos,
cada um sabendo sobre a vida e a sexualidade do outro muito mais do que
seria possível confessar aos parentes e amigos mais íntimos. Eduardo já
conhecia o rapaz. Havia recebido, num dos e-mails, uma foto, em que
Marco podia ser visto à beira de uma piscina natural, vestindo apenas
uma sunga branca, bastante sumária. E Edu lembrava-se muito bem de como
seu sexo reagira instantaneamente, ante aquela visão. Marco era um
moreno bronzeado, alto e forte, de cerca de 25 anos, embora um pouco
pesado para a sua idade. Tinha o corpo liso e as coxas grossas. Seu
peito também era liso e forte e nele destacava-se um par de mamilos
salientes, bem ao gosto de Eduardo. O rosto, sem ser de um galã, era
bonito, austero e viril, nele se destacando os olhos castanhos, um pouco
tristes, os cabelos negros e fartos e uma pequena pinta preta, do lado
esquerdo superior da boca. No conjunto, o rapaz era bastante atraente,
tanto que Eduardo, naquela noite, masturbou-se ante a simples idéia de
tê-lo em seus braços. Também o excitava muito a aparência máscula de
Marco, pois detestava relacionar-se com homens efeminados. E a idéia de
possuir um macho autêntico exacerbava sua sexualidade. Com o decorrer do
tempo, também passou a conhecê-lo mais intimamente. Marco Antônio era
um rapaz extremamente simples. Trabalhava como segurança de uma grande
empresa e, nas horas de folga,
também atuava como salva-vidas, em um clube local, já que nadava muito
bem. Embora o grande relacionamento que tinha, com homens e mulheres,
não os considerava amigos de fato, a ponto de lhes revelar seus
problemas e angústias. Além disso, era pessoa bastante tímida, com forte
orientação machista, o que lhe impedia de externar - e talvez nem ele
próprio fosse capaz de reconhecer - a grande carência que possuía de
carinho e afeto, e a grande capacidade de entrega irrestrita a quem
fosse capaz de lhe inspirar confiança. Namorava bastante e apreciava
muito as mulheres, com quem transava normalmente. Praticamente, não
tinha experiência homossexual, embora, mesmo inconscientemente, lutasse
por ignorar a atração que sentia por pessoas do mesmo sexo,
especialmente os homens maduros e experientes. Quanto a ele, Eduardo,
Marco Antônio não o conhecia, e isso o perturbava bastante, por não
saber como seria a reação do rapaz ao vê-lo pela primeira vez. É verdade
que Edu havia fornecido uma descrição bastante detalhada de sua pessoa,
mas sabia que tais descrições, por melhores que fossem, jamais
correspondiam à realidade, até mesmo pela tendência natural que as
pessoas têm de melhor evidenciar seus pontos positivos. O rapaz sabia
apenas que ele era um engenheiro, de 48 anos, casado, com dois filhos já
adolescentes, radicado numa cidade do sul do País, e que amava
profundamente sua família. Sabia ainda que ele era moreno, bronzeado,
com olhos e cabelos castanhos, já grisalhos, corpo liso, 1,79 de altura,
90 kg de peso e, como ele, também praticante de natação, não como
atleta, que estava longe de ser, mas pela simples necessidade de manter
sua forma física. Não se atrevera a mandar sua fotografia, pela Internet
ou por qualquer outro meio. Não que duvidasse do sigilo ou da
integridade de Marco. É que, por ser casado e pela posição social que
ocupava, tinha que ser extremamente cauteloso. Além disso, o fato de ser
bissexual era desconhecido de todos, tanto de sua família como em todas
as rodas de seu relacionamento. Desde jovem, guardara esse segredo
consigo, sendo apenas do conhecimento dos poucos parceiros com quem
transara. Essas transas, quando ocorriam, eram sempre durante viagens e,
mesmo assim, com o máximo de segurança, de forma a preservar-se da
maledicência da sociedade. Consultou seu relógio. Eram 21 horas. Marco
Antônio deveria estar chegando, pois este era o horário combinado. Para
não levantar suspeitas, já deixara avisado na portaria, logo que voltara
da rua, que um amigo o procuraria e que, uma vez identificado, podiam
mandá-lo subir. Também tivera o cuidado de escolher um quarto
confortável, com uma enorme cama de casal. Sem dúvida, seria bem melhor…
Levantou-se, foi até o frigobar e, enquanto se servia de uma pequena
dose de uísque, viu-se refletindo sobre a atração de Marco Antônio por
ele. Era, sem dúvida, uma grande diferença de idade, e mesmo sabendo do
gosto do rapaz por homens mais maduros e experientes, concluiu que a
grande causa dessa atração tinha sido, efetivamente, a sua experiência
de vida, que lhe havia proporcionado, durante a troca de
correspondências, uma boa capacidade de compreensão dos problemas do
rapaz, de sua sexualidade e da sua maneira de ser. Além disso, sabia ser
pessoa bastante culta, capaz de expressar com facilidade, nas palavras,
seus sentimentos e sua grande capacidade de dar e receber afeto. Afeto,
aliás, de que Marco Antônio demonstrara ser bastante carente, e que
externara, sem sombra de dúvidas, pela alegria que demonstrou ao saber
que ele, Edu, estaria na Capital na próxima semana, a serviço, e que
poderiam aproveitar a oportunidade para finalmente se encontrarem. Seus
pensamentos foram interrompidos por uma leve batida na porta. Era o
momento tão esperado! Levantou-se, abriu a porta e… lá estava ele. Não
havia dúvidas. Embora o traje sóbrio que vestia, era o mesmo jovem
grande e forte da foto. A única diferença ficava por conta do sorriso
que agora estampava em seu rosto moreno e másculo. Durante muito tempo,
fitaram-se, olhos nos olhos, até se darem conta do absurdo da situação.
Então, como velhos amigos que não se viam há muitos anos, apertaram-se
as mãos vigorosamente. Fechada a porta, e longe de olhares curiosos,
novamente se olharam, desta vez com maior profundidade, como se
quisessem conferir as descrições que tinham um do outro. E veio o
inevitável abraço, em que seus corpos se fundiram, unidos pelo vigor de
dois homens na plenitude de sua força física. Não era um simples abraço
de boas vindas, mas algo mais forte, algo que ansiavam a tempos: a
necessidade de se acariciarem, de sentirem a força do corpo um do outro…
E sentiram… Como não era possível evitar, sentiram, quase que
instantaneamente, a dureza de seus sexos já enrijecidos, pressionados
pela força do abraço… E não se incomodaram com isso… Ao contrário,
deixaram que a natureza agisse, seguindo o seu curso natural… E seus
lábios se procuraram, num profundo e quente beijo, enquanto suas mãos se
tateavam, procurando conhecer os detalhes daqueles corpos sedentos…
Foram vários minutos de encontro, lábios com lábios, língua com língua,
até que, sem poderem esperar mais, foram-se desvencilhando das roupas,
ficando ambos apenas de cuecas. A ansiedade que os dominava era muita. A
conversa teria o seu devido tempo… Sentaram-se à beira da cama e
novamente seus lábios se uniram, mas desta vez as mãos de Eduardo
começaram lentamente a acariciar o tórax moreno de Marco Antônio,
detendo-se naqueles mamilos que tanto o haviam impressionado. Nesse
momento, forçando o corpo de Marco para trás, fê-lo deitar seu tórax
sobre a cama, enquanto seus lábios desciam lentamente, da boca para
aqueles mamilos já rígidos, que pareciam feitos para serem sugados. E
Edu sentiu o corpo do rapaz estremecer, como se percorrido por uma
corrente elétrica, o que demonstrava o quanto ele também esperava por
este momento e o prazer que sentia em ter aquele homem de meia idade,
grisalho, sugando e acariciando seu corpo. Deixando momentaneamente os
mamilos já rígidos, os lábios de Edu continuaram percorrendo a pele lisa
do corpo do rapaz, detendo-se momentaneamente no umbigo, que também foi
acariciado durante muito tempo, com a ponta da língua, que parecia
querer esconder-se no interior daquela reentrância. E enquanto o fazia,
Edu alisava, ora os mamilos, ora aquelas coxas roliças e morenas. Por
sob a cueca, o pênis de Marco elevava-se para o alto e debatia-se, como
querendo arrebentar o fino tecido… Com a boca, para não interromper as
carícias que fazia com as mãos, Edu foi baixando lentamente a cueca de
Marco, fazendo saltar para fora aquele membro moreno, reto e rígido, que
tantas vezes havia imaginado, ao admirar a foto do rapaz. Lentamente,
ajoelhou-se no chão, por entre as pernas de Marco Antônio, baixou a
cabeça e mergulhou aquele membro inteiramente em sua boca. Era incrível
como podia sentir a pulsação daquele músculo quente, que parecia
descarregar dentro de si toda a eletricidade que emanava do corpo já
suado do jovem… A cada sugada, Marco Antônio estremecia, e com as mãos
acariciava os cabelos de Edu e pressionava sua cabeça em direção ao seu
pênis… Céus, como era gostoso ser mamado daquele jeito! Ver a cabeça
daquele homem subindo e descendo, enquanto seu membro sumia e voltava a
aparecer no interior daquela boca quente e úmida, que mais parecia um
veludo a envolver seu pau… Naquele momento, Marco sentia-se como se
fosse o dono do mundo, como se nada mais importasse, com todos os
sentidos voltados para a satisfação de sua carne jovem e carente. Vez
por outra, Edu tirava da boca o pênis do rapaz e percorria, com a
língua, aquele músculo duro e quente, para depois voltar a mamá-lo, com
avidez. Em alguns momentos, parava, olhava aquele instrumento de prazer
que tanto queria, admirava-o, apertava-o com carinho e voltava a
lambê-lo, descendo até o saco, que também era deliciosamente engolido e
sugado. E numa dessas paradas, Edu não pôde deixar de notar aquela
manchinha escura que aparecia na cabeça entumecida do pênis do rapaz, e
que lhe conferia um charme ainda maior e um maior desejo de escondê-la
totalmente em sua boca! E durante vários minutos permaneceram assim,
esquecidos do mundo, até que Edu sentiu que o rapaz atingia seu limite, e
que em breve iria fatalmente ejacular… Não, ainda não era o momento!
Queria guardar todo aquele vigor, toda aquela seiva para o momento
certo! Mesmo sabendo que Marco tinha uma acentuada formação machista,
Edu resolveu atrever-se um pouco mais, pois sabia que o jovem também o
desejava como homem… Lentamente, ainda ajoelhado, ergueu as pernas do
rapaz por sobre seus ombros e pôde, pela primeira vez, contemplar aquele
buraquinho rosado, perfeito, totalmente virgem… E seus lábios se
aproximaram pouco a pouco, tocando aquelas preguinhas com a ponta da
língua. Erguendo os olhos, pode ver a expressão de prazer que se
estampava no rosto de Marco. Era o sinal positivo que esperava. Deixando
de lado qualquer melindre, passou a sugar aquele orifício, com todas as
suas forças, enquanto o rapaz se contorcia de êxtase, demonstrando todo
o prazer que isso lhe causava… Pedindo a Marco que ficasse agora de
lado, e totalmente estendido sobre a cama, Edu inverteu a posição de seu
próprio corpo. E Marco entendeu o recado: Edu também queria ser sugado e
ele, Marco, não lhe negaria esse prazer. E enquanto Eduardo voltava a
sugar-lhe alternativamente, ora o pênis, ora o cuzinho, Marco segurou o
instrumento daquele homem, que tanto tesão lhe causava, e agasalhou em
sua boca aqueles 17 centímetros… Nunca em sua vida havia feito isso e
nunca imaginara fazê-lo um dia, mas curiosamente agora sentia a
necessidade imperiosa de ter em sua boca aquele membro moreno, duro e
grosso… Sabia que poderia fazê-lo com confiança e sigilo, e que se
tratava de sexo puro, entre dois homens verdadeiros. E isso o excitava e
o incentivava a tomar iniciativas que jamais imaginara ser capaz. No
início, suas sugadas eram fracas, inexperientes e indecisas, mas com o
decorrer do tempo, passou a gostar e a desejar cada vez mais aquele
cacete, procurando imitar tudo o que Edu fazia com ele próprio. Em pouco
tempo, mamava o sexo de Edu como se fosse um náufrago diante da única
fonte de alimento possível… E Eduardo se surpreendia e se excitava, cada
vez mais, diante da liberação completa do rapaz e do prazer que sua
boca lhe proporcionava. Agora, eram dois machos em pleno cio,
completando-se e procurando extrair, num magnífico sessenta e nove, todo
o prazer que cada um poderia dar ao outro. Era uma cena maravilhosa e
altamente erótica: dois homens totalmente soltos, libertos, em busca da
felicidade que a sociedade impiedosa exigia que fosse reprimida. Edu,
durante meses, sonhara em se entregar completamente àquele homem. Queria
tê-lo totalmente dentro de seu corpo, obtendo dele a maior ejaculação
de sua vida… Mas, experiente como era, queria deixar para mais tarde a
concretização desse sonho, pois sabia que era necessário manter aceso o
apetite sexual do amigo, se quisesse também possuí-lo. Foi por isso que
resolveu, primeiro, penetrá-lo, para depois entregar-se a ele… Mas
precisava ser cuidadoso. Sabia que Marco era virgem e não tinha certeza
se aceitaria ser penetrado. Também detestaria machucá-lo e, com isso,
estragar o clima que se formara entre ambos. Novamente, tirando da boca o
pênis de Marco Antônio, voltou sua atenção totalmente para a bunda
morena e roliça do rapaz, passando a sugá-la com maior avidez que antes…
Desta vez, procurava introduzir sua língua em seu interior. E sentia
que a cada tentativa, mais e mais aquele esfíncter se dilatava, se
afrouxava, permitindo a concretização de seu objetivo. Também era
compensador sentir o quanto de prazer isso causava àquele homem
atlético, deitado ao seu lado. Marco, a essa altura, não sabia mais se
concentrava sua atenção ao cacete de Edu, ou se ficava totalmente
liberto para melhor sentir a sensação que aquela chupada anal lhe
proporcionava, e que fazia todo o seu corpo vibrar. Erguendo seu rosto,
Eduardo começou a introduzir, de modo lento, mas seguro, seu dedo
indicador no interior do rapaz. Imediatamente, sentiu o corpo do amigo
reagir à invasão, com seu dedo sendo apertado por uma forte contração
daquele ânus ainda virgem… Mas tudo isso foi apenas durante um pequeno
lapso de tempo… Sentiu que, daí para a frente, o corpo do rapaz, antes
teso, foi se afrouxando lentamente, e seu dedo aceito totalmente em seu
interior. Com todo o cuidado, repetiu a operação, agora com dois dedos,
fazendo movimentos circulares, até sentir que Marco Antônio estava
suficientemente dilatado e pronto para recebê-lo. Voltou seu corpo à
posição normal, sobre a cama, posicionando-se atrás de Marco Antônio,
que imediatamente sentiu, em seu próprio corpo, todo o calor que emanava
de seu parceiro… Sentiu também, com preocupação, mas com uma forte
carga de desejo, o membro de Eduardo, como um ferro em brasa,
acomodando-se entre suas coxas e procurando a entrada de sua gruta, até
agora inexplorada. Marco Antônio teve medo… Mas queria. Queria muito
aquele momento, embora lhe fosse custoso admitir. Até agora, sempre que
pensava em uma transa homo, via-se assumindo somente o papel de ativo,
procurando varrer da cabeça qualquer pensamento sobre uma atuação
passiva, que considerava indigna de um macho. Mas agora, no contato com
aquele homem maduro, que lhe inspirava confiança e segurança, nada disso
mais importava, pois o bissexual que havia dentro de si, e que até
então ignorara, se liberava totalmente… E ele não se incomodava. Queria
ter com Edu a sua primeira experiência homossexual. E queria que fosse
assim, com uma pessoa com quem tivesse verdadeira afinidade, que o
deixasse excitado e seguro de si, como estava agora. E a penetração
iniciara. Marco Antônio passou a sentir uma forte pressão em seu ânus,
mas as palavras de carinho que Edu, com sua voz grave e tranquila
pronunciava em seus ouvidos, fazia-o deixar de lado todos os seus
receios. Além disso, colocando-se numa posição que lhe permitia fazê-lo,
Eduardo, com uma das mãos, acariciava o mamilo direito do rapaz, cuja
sensibilidade já conhecia, enquanto com a outra iniciava uma lenta e
carinhosa masturbação no pênis rígido do jovem, que pulsava gostosamente
em sua mão, enquanto expelia pequena quantidade daquele lubrificante
natural, que ainda mais o excitava. Com isso, longe de querer afastar-se
daquele corpo, Marco, na verdade se aproximava cada vez mais,
facilitando a concretização da posse. E logo pôde sentir que boa parte
do pênis de Eduardo já estava dentro de seu reto. Sentia alguma dor, era
verdade, mas a excitação era ainda maior… E a pequena dor que sentia
foi aos poucos se diluindo, com os movimentos de vai e vem que seu
parceiro começou a fazer com os quadrís, fazendo com que seu cacete,
entrando e saindo, fosse se aprofundando em seu corpo. A certa altura,
com uma pressão um pouco maior, Marco sentiu que seu amigo havia
completado a penetração. Sentia claramente todo aquele volume pulsando
dentro de seu corpo, e inclusive os pentelhos e o saco de Edu roçando em
seu ânus. Agora, seu corpo pertencia aquele homem. Era uma sensação
única e indescritível. Era a sublimação do desejo, aliado ao orgulho de
ter conseguido abrigar, dentro de suas entranhas, todo aquele músculo
que ainda há pouco sugara e agasalhara em sua boca. Atendendo a um
pedido de Edu, viraram-se sincronizadamente, mantendo a penetração, de
modo que o corpo de Eduardo ficasse totalmente sobre o de Marco Antônio,
que passou a sentir sobre si todo o peso do homem que o estava
possuindo. E os movimentos foram reiniciados, desta vez com mais
intensidade. O desconforto que o rapaz sentira, desaparecera totalmente,
dando lugar somente ao prazer… E os poucos protestos de dor, que até
então fizera, deram lugar aos gemidos de puro gozo. Como era gostoso
sentir em seu corpo todo o calor e toda a dureza daquele membro grande e
grosso! E como era delicioso sentir a pressão do corpo de Edu sobre o
seu, e as palavras quentes e obcenas que ele dizia em seus ouvidos,
enquanto o penetrava com aquela espada deliciosa! O prazer se
intensificava a cada minuto. Em determinado momento, Marco percebeu a
respiração de Edu se alterar e seus movimentos se intensificarem ainda
mais. E logo sentiu o jato de um líquido quente e grosso se projetar
para o fundo do seu reto, inundando-lhe as entranhas. Era o esperma de
Eduardo, que jorrava abundantemente em seu interior, coroando aquela
posse, tão desejada por ambos. E o prazer que sentiu foi tanto, que ele
próprio, sem sequer tocar em seu pênis, gozou abundantemente, inundando o
lençol da cama com uma enorme quantidade de esperma. Era o êxtase
completo! Durante algum tempo, ambos ficaram estáticos, como se temessem
que aquele encantamento terminasse bruscamente. Queriam, de qualquer
forma, aproveitar, durante todo o tempo possível, aquela sensação
maravilhosa que ambos sentiam. E assim permaneceram, até que o pênis de
Eduardo, já semi-flácido, saiu da gruta quente e úmida que até então o
abrigara. E neste momento, rolaram para o lado e ficaram ambos deitados,
com a respiração ainda agitada, olhando um para o outro, alegres e
felizes. Aproveitaram o momento para por em dia a conversa. Como era
natural, falaram desinibidamente sobre o momento que tinham acabado de
viver e sobre o prazer que cada um tinha proporcionado ao outro. Depois,
conversaram sobre vários assuntos que tinham abordado apenas
superficialmente em seus e-mails e telefonemas, durante os últimos
meses. E, mais amigos que nunca, levantaram-se e foram tomar um gostoso
banho, pois estavam suados e cansados. No banheiro, o clima era alegre e
descontraído. Quem quer que os observasse não imaginaria que aqueles
dois homens tinham-se conhecido de fato apenas naquela noite. Mas,
embora a alegria, muito tesão ainda pairava no ar, e a visão dos corpos
molhados e ensaboados, como era de se esperar, não tardou a fazer seu
efeito. Em poucos minutos, eram novamente dois machos se desejando, se
apertando, se abraçando e se beijando, como se todo o alívio sexual que
tinham tido há pouco jamais tivesse ocorrido. A diferença, agora, é que
estavam mais soltos que nunca, totalmente liberados, como duas crianças.
Mãos percorriam o corpo alheio, apertavam, acariciavam, afagavam,
alisavam e voltavam a percorrer novamente os mesmos caminhos. Os sexos
se comprimiam, numa verdadeira luta em que as espadas se debatiam,
enquanto os lábios se sugavam por sob a água que escorria abundante
sobre aqueles corpos. Desligando o chuveiro, Edu foi-se abaixando
lentamente, começando a percorrer, com a língua, todo o corpo de Marco
Antônio, como se quisesse enxugá-lo dessa forma. Sua boca percorria o
tórax do rapaz, sugava seus mamilos e seu umbigo, enquanto já podia
ouvir os primeiros suspiros gerados pelo prazer que estava causando. Em
seguida, ajoelhando-se, agasalhou o pênis de Marco inteirinho em sua
boca, sugando-o com veneração e carinho. Vez por outra, tirava-o da
boca, admirava-o, brincava com o prepúcio, fazendo com que a cabeça
daquele membro aparecesse e voltasse a desaparecer por sob a pele
morena. Depois, voltava a sugá-lo com avidez, arrancando do jovem fortes
gemidos. Por vezes, a língua de Edu lambia o saco do rapaz, sentindo em
sua boca o volume dos dois grãos, já completamente entumecidos. O corpo
inteiro de Marco Antônio tremia, enquanto suas mãos acariciavam os
cabelos grisalhos de Edu, já em total desalinho. E Marco não mais
conseguia controlar o enorme tesão que sentia. A certa altura, no auge
do prazer, veio-lhe à mente um desejo incontrolável de realizar um
sonho, uma fantasia que vinha acalentando de há muito tempo: possuir
Eduardo com vigor, com fúria, fazendo-o sentir toda a sua energia de
jovem. Queria penetrá-lo com força, sentir os gemidos de dor do
parceiro, e até suas lágrimas, se fosse possível… Na verdade, esse
desejo não tinha qualquer sentimento de maldade… Apenas ansiava por ver
aquele homem, de que tanto gostava e admirava, totalmente submetido ao
seu ardor, aos seus instintos de macho… Passando a comandar as ações,
Marco fez Eduardo erguer-se e depois curvar-se para a frente. Ficando
atrás do parceiro, inicialmente abaixou-se e, com a boca ávida, começou a
lamber a bunda macia de Eduardo, com a língua procurando ansiosamente
seu ânus… E quando começou a sugar aquele buraquinho apertado, pôde
sentir com clareza a eletricidade que passou a percorrer o corpo de Edu…
A cada lambida naquele anelzinho, seu parceiro vibrava e gemia,
totalmente entregue ao prazer que o rapaz lhe proporcionava… Sentindo
que o cuzinho de Eduardo já estava bem preparado e suficientemente
umedecido por sua saliva, Marco Antônio encostou seu membro naquela
entrada e, numa única estocada, introduziu toda a cabeça de seu
instrumento na bunda do amigo… E ouviu o gemido alto de Edu ao ser
invadido… Sentiu seu corpo tentando recuar frente a dor que sentia, mas
com as mãos firmes, Marco segurou o homem, firmando suas coxas com as
duas mãos, de modo a evitar que a união dos corpos fosse desfeita…
Atendendo aos apelos de Edu, deu uma breve parada em sua penetração, a
fim de que o amigo se acostumasse um pouco com o volume do membro que
lhe invadia… Mas em dado momento, novamente sem aviso, num único golpe,
enfiou a segunda metade da vara no interior de Eduardo… Pelo espelho que
cobria grande parte da parede do banheiro, podia ver as lágrimas
escorrendo dos olhos de Eduardo e ouvir-lhe os fortes gemidos… Mas
estranhamente, isso dava-lhe uma satisfação intensa… Satisfação de ver
aquele macho totalmente submetido aos seus desejos… Revigorado pela
sensação de poder que sentia, Marco iniciou fortes movimentos com o
corpo, fazendo com que seu membro adquirisse o movimento de um
verdadeiro êmbolo entrando e saindo do corpo do parceiro… E com prazer,
notou que os gemidos de Edu foram, pouco a pouco, sendo substituídos por
suspiros de prazer e, em pouco tempo, por frases sacanas, que o
estimulavam cada vez mais a penetrar seu membro com mais força naquela
cuzinho apertado e quente. Estimulado pelo clima que se estabeleceu
entre ambos, Marco não mais se conteve: num brusco estremecimento,
sentiu que seu corpo esguichava, como que se esvaíndo totalmente no
interior do amigo… Sentia seu esperma nitidamente saltando do cacete
entumecido, indo alojar-se no fundo do reto de Edu. Este, por sua vez,
era sacudido por fortes tremores, ao sentir o sêmem de seu macho em seu
corpo… E o prazer que sentia foi tanto, que também gozou abundantemente,
com seu esperma inundando o chão do banheiro… Era o clímax que tanto
buscavam… Jamais podiam imaginar que dois quase desconhecidos podiam se
proporcionar tamanho prazer… As pernas de ambos tremiam e seus joelhos
fraquejavam… Era preciso uma revigorada, sob pena de ambos caírem alí,
inertes, sobre a laje fria… E para se revigorarem, ligaram novamente a
ducha, sentindo a água morna lavar-lhes os corpos, livrando-os do suor e
do cansaço que sentiam… Pouco depois, enxugavam seus corpos saciados e,
abraçados, se dirigiram para o quarto, para um merecido descanso… Na
cama, relaxados, novamente voltaram a conversar, falando sobre suas
vidas, seus anseios e sobre os prazeres que haviam se proporcionado
reciprocamente… Mas o tesão dos amantes parecia não ter fim. O efeito da
conversa sobre sexo, como não poderia deixar de ser, foi novamente
despertando seus instintos, o que era estimulado pelo contato e pela
visão dos corpos nus sobre os lençóis em desalinho… E Eduardo percebendo
a enorme rigidez do cacete do amigo, desejou-o novamente. Queria
ardentemente entregar-se sem reservas ao rapaz. Por isso,
aconchegando-se ao corpo de Marco, aproximou os lábios ao seu ouvido,
dizendo-lhe apenas: - “Quero ser novamente teu, cara. Faça comigo tudo o
que você quiser! ” Era tudo o que Marco Antônio esperava. Imediatamente
o rapaz sentiu sua energia e seu tesão redobrarem. Sua vara tornou-se
ainda mais rígida, energizada pelo fluxo de sangue que aumentara de
intensidade. Edu deixou-o tomar toda a iniciativa, de modo a não frear
ou inibir seus desejos. Docilmente, atendendo ao pedido de Marco,
estendeu-se de bruços na cama e aguardou… Imediatamente, sentiu que suas
nádegas eram afastadas, e que os lábios daquele homem atlético
começavam a procurar-lhe, pela segunda vez, o ânus, lambendo-o e
sugando-o com toda a energia que lhe era possível. Seu corpo se retesou e
um calafrio percorreu-lhe a espinha, ao sentir o calor e a energia
daquela língua e o tesão que a barba do rapaz lhe provocava ao roçar-lhe
as nádegas e as coxas. Era uma sensação indescritível! Era tudo o
quanto esperava! Afrouxou o corpo e entregou-se novamente ao prazer de
ser possuído. Pouco depois, sentiu a língua do rapaz subindo-lhe pelas
costas, provocando-lhe calafrios com sua aspereza, enquanto, entre suas
pernas, a vara de Marco, como um ferro em brasa, procurava penetrar em
seu anelzinho. A pressão era grande, mas sabia que a penetração agora
seria mais fácil, embora seu ânus estivesse ainda dolorido pela
penetração a que fora submetido no banheiro… Sabia também que na idade
do rapaz, o tesão normalmente não dava margem a grandes preparativos e
que, na pressa, seu ânus seria, na prática, novamente invadido… Mas isso
não importava. Na verdade, queria isso… Queria repetir a gostosa dor de
ser penetrado por aquele homem másculo, que transava com muitas
mulheres, mas que naquele momento era só seu… E não se enganou… A dor
era lancinante. Evitou gritar, limitando-se a gemer. Mas sabia que seus
gemidos serviam apenas para incentivar ainda mais o rapaz, com toda
aquela sede de sexo de que estava possuído. E apertando os lábios para
não gritar, sentiu que Marco estava novamente todo dentro dele,
atingindo o mais profundo do seu ser, e que aquela vara morena e grossa,
que tanto sugara, agora estava cravada em suas entranhas. Relaxou o
corpo, ao mesmo tempo em que sentia se iniciarem os movimentos fortes do
corpo de Mar-co, fudendo-o sem piedade. Também sentia a forte
respiração do parceiro, que se acelerava cada vez mais… Inesperadamente,
sentiu uma espécie de vácuo frio em seu interior. É que Marco,
bruscamente, saíra de dentro dele, forçando seu corpo para que se
virasse de frente… Atendeu… E Marco, erguendo-lhe rapidamente as pernas
por sobre seus ombros fortes, numa única estocada, penetrou-o pela
frente. Gostou da iniciativa do rapaz. Adorou ser possuído dessa forma,
pois podia, ao mesmo tempo, acariciar o corpo do amigo e olhar bem no
fundo dos seus olhos castanhos, observando-lhe a energia e o prazer
estampados em seu rosto. Poucos segundos depois, numa estocada mais
profunda, Edu sentiu-se inundado por um rio de esperma. A sensação era
incrível. Seu interior parecia que ia pegar fogo, ao receber, pela
Segunda vez, tal quantidade de leite grosso e quente, próprio de um
rapaz naquela idade. E mesmo assim Marco continuava bombeando-lhe, como
se desejasse esvaziar todos os líquidos de seu corpo no interior do
amigo. E continuou até que, cansado, deu uma última estocada e
desmoronou por sobre o corpo de Edu. E novamente ficaram estáticos, com
aquela letargia que sentem dois seres satisfeitos. No fundo do seu reto,
Eduardo podia ainda sentir o latejar daquele membro que o completara, e
que lentamente ia-se tornando flácido. Sentia-se gratificado. Se
pudesse, permaneceria assim durante muitas horas, saciado e sentindo o
prazer de ter dentro de si o homem desejado. Transava muito raramente,
mas eram encontros como esse que o satisfaziam, com pessoas pelas quais
sentia afinidade e lhe inspiravam confiança. E Marco o tinha cativado,
por sua honestidade, simplicidade e beleza interior, atributos que para
ele, que se orgulhava de sua capacidade de conhecer bem as pessoas pela
simples troca de correspondências, eram por demais importantes. De sua
parte, Marco Antônio também estava satisfeito. Sabia que sexualmente
tinha ido além do que jamais imaginara ser possível. Mas também sabia
que tinha sido feliz nesta noite, ao lado daquele homem que se tornara
seu amigo e amante, e que, embora bem mais velho que ele, demonstrara
entendê-lo e lhe inspirava toda a confiança de que necessitava para
entregar-se sem reservas. E, no seu íntimo, desejava que o
relacionamento entre ambos não se limitasse apenas àquele encontro.
Ambos estavam cansados, mas satisfeitos. Levantaram-se e novamente foram
ao banho, que desta vez foi mais rápido e tranquilo. E enquanto se
vestiam, trocavam impressões e plenejavam um novo encontro para a noite
seguinte. A permanência de Edu na Capital seria curta, e ambos achavam
que deveria ser aproveitada ao máximo. E por certo, as noites seguintes
seriam ainda melhores! Por volta da meia-noite, Marco Antônio deixava o
hotel, passando pela portaria. O mesmo porteiro que o recebeu, em sua
chegada, embora sem perder a compostura própria dos profissionais da
hotelaria de alto nível, não pôde deixar de notar que o rapaz, pela
umidade dos cabelos, tinha acabado de sair do banho… E pensou, consigo
mesmo, mas tendo o cuidado de conservar no rosto o mesmo olhar sério e
impassível: “Também, quem não haveria de ir para a cama com um homem
lindo como esse?”
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